“O caso Cherubin Okende: A falta de transparência do poder judiciário congolês alimenta a controvérsia”

O sistema judiciário da República Democrática do Congo enfrenta novamente controvérsia na sequência da decisão do procurador do tribunal superior de entregar o corpo de Cherubin Okende à sua família sem ter tornado público o relatório da autópsia. Já passaram mais de cinco meses desde o assassinato do antigo Ministro dos Transportes e a família do falecido manifesta a sua indignação com esta situação.

O advogado da família, Laurent Onyemba, denuncia a falta de transparência da acusação neste caso. Ele disse que a família deve ter acesso aos resultados da autópsia para que possa tomar decisões apropriadas, seja aceitar as descobertas ou contestá-las.

Ressalta ainda que o Ministério Público procura cooperar com a família para tornar público o relatório da autópsia, mas fontes indicam que os resultados já estão disponíveis através de outros canais. Esta contradição alimenta suspeitas e reforça dúvidas sobre o desejo do Judiciário de resolver esta questão de forma transparente e objetiva.

A situação é ainda mais preocupante para a família do falecido porque esta espera prolongada também prolonga o seu luto. A família teme que a acusação não consiga resolver este trágico caso e está até a considerar procurar justiça perante as autoridades internacionais se os tribunais congoleses não conseguirem dar uma resposta satisfatória.

Chérubin Okende, ex-ministro dos Transportes e deputado nacional, foi encontrado morto em 13 de julho de 2023 no seu jipe ​​em Kinshasa, após ter sido raptado. Foi criada uma comissão de inquérito, mas os resultados ainda são aguardados, alimentando o sentimento de impaciência e exasperação entre os familiares e entes queridos do falecido.

A situação levanta questões sobre a responsabilização e a eficácia do sistema de justiça congolês. A busca pela justiça e pela verdade é essencial para as famílias das vítimas, bem como para a confiança da população nas instituições responsáveis ​​pela aplicação da justiça.

Concluindo, é fundamental que o Ministério Público torne público o relatório da autópsia de Cherubin Okende, a fim de acalmar as preocupações da família e da população e garantir uma investigação imparcial e transparente. A espera prolongada e a falta de comunicação alimentam dúvidas e destacam as deficiências do sistema judicial congolês. A busca de justiça para Cherubin Okende e a sua família não deve ser dificultada por obstáculos burocráticos e políticos, mas deve ter o apoio e a transparência necessários para alcançar a verdade e uma resolução justa.

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