“Tensões nas Comores: Acusações de parcialidade abalam a Comissão Eleitoral à medida que as eleições presidenciais se aproximam”

Título: As tensões aumentam nas Comores à medida que as eleições presidenciais se aproximam: uma violação da neutralidade da Comissão Eleitoral Nacional Independente?

Introdução :
A poucas semanas das eleições presidenciais nas Comores, as tensões intensificam-se. Um dos candidatos, Daoudou Abdallah Mohamed, criticou fortemente a Comissão Eleitoral Nacional Independente (Céni), acusando esta última de falta de neutralidade e de cometer irregularidades no recrutamento dos membros das mesas de voto e na distribuição dos cartões de voto. Esta polémica levanta preocupações sobre a transparência do processo eleitoral no país.

Acusações de parcialidade e irregularidades:
Daoudou Abdallah Mohamed, candidato presidencial e líder do partido Orange, apontou o dedo ao Ceni, afirmando que faltou neutralidade na organização das eleições. Mais especificamente, denunciou irregularidades no processo de recrutamento dos membros das mesas de voto. Na ilha de Mwali, a formação dos membros das mesas de voto foi mesmo cancelada devido a listas apresentadas pelo presidente da Comissão Eleitoral Independente da Ilha (CEII), que não correspondiam aos critérios estabelecidos pela CENI.

Relativamente à distribuição de cartões de eleitor, Daoudou Abdallah Mohamed acusou certos indivíduos de confiscarem os cartões, causando assim uma perturbação do processo eleitoral. Ele ordenou aos seus ativistas que recuperassem esses cartões nas localidades onde estão armazenados ilegalmente, caso a CENI não tome medidas rápidas.

A resposta do Céni:
Em resposta a estas acusações, o porta-voz do Céni, Mohamed Abderemane Hilali, convidou Daoudou Abdallah Mohamed a apresentar provas concretas, remetendo o assunto ao Supremo Tribunal na sua secção eleitoral. Afirmou que o Ceni agiu com total transparência e em conformidade com o código eleitoral. Salientou ainda que o processo de distribuição de cartões de eleitor foi montado em colaboração com as autoridades locais, e que qualquer eleitor pode levantar o seu cartão junto das autoridades competentes.

Mohamed Abderemane Hilali rejeitou as acusações de parcialidade e irregularidades no recrutamento dos membros das mesas de voto, garantindo que o processo foi respeitado e que todas as condições de recrutamento foram cumpridas.

Conclusão:
As tensões que reinam nas Comores no período que antecedeu as eleições presidenciais reflectem receios quanto à transparência do processo eleitoral. As acusações feitas por Daoudou Abdallah Mohamed contra a CENI demonstram uma perda de confiança na neutralidade do órgão responsável pela supervisão das eleições. É essencial que sejam tomadas medidas para garantir a justiça e a transparência destas eleições cruciais para o futuro do país.

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