“Crise da aprendizagem em África: soluções de alta tecnologia para o futuro da educação básica”

O desafio da educação básica em África e soluções para o futuro

A educação básica constitui a base sobre a qual assenta o desenvolvimento de um país. Contudo, em África, persistem muitos desafios nesta área, colocando em risco o futuro da juventude do continente. Esta realidade preocupante foi destacada numa conferência recente realizada em Enugu, na Nigéria.

Na conferência, o vice-secretário-chefe de Educação do Governo do Estado de Enugu, Sr. Onyia, descreveu as conclusões alarmantes de uma avaliação de novembro de 2023 das escolas primárias do estado. As conclusões foram claras: 50% das crianças não conseguem ler uma única palavra em inglês após seis anos de ensino primário e aquelas que conseguem apresentam dificuldades de compreensão. Além disso, metade das crianças não consegue resolver operações simples de subtração.

Esta situação não é específica do Estado de Enugu, mas repete-se em todo o país nigeriano. Organizações internacionais, como o Banco Mundial, a UNICEF e a UNESCO, descreveram-na como “a crise de aprendizagem da Nigéria”. Cerca de 3 em cada 4 crianças que concluem o ensino básico na Nigéria não possuem competências básicas de leitura e numeracia.

Perante esta observação alarmante, o governo do Estado de Enugu tomou medidas radicais para reformar o sistema educativo e preparar as crianças para enfrentarem os desafios futuros. Uma das iniciativas emblemáticas é a introdução da tecnologia biodigital na educação. Esta abordagem inovadora visa colmatar a lacuna de competências, proporcionando aos alunos do ensino básico ferramentas tecnológicas e métodos de aprendizagem adaptados às exigências do mundo atual.

Com isto em mente, o Governador Peter Mbah lançou o modelo de escola inteligente em todos os 260 distritos eleitorais do estado. Essas escolas estão equipadas com instalações de última geração, como centros de inteligência artificial e robótica, quadros interativos inteligentes e muito mais. Além disso, o programa escolar dá ênfase à aprendizagem experiencial, à resolução de problemas e aos estudos de caso. Estas novas abordagens educativas permitirão aos estudantes não só aprender competências tecnológicas emergentes, mas também competir com os seus pares à escala global.

Em conclusão, há uma necessidade urgente de tomar medidas concretas para resolver a crise de aprendizagem em África. A educação básica deve ser repensada e adaptada às realidades do mundo moderno. Os governos e as partes interessadas na educação devem investir na introdução de técnicas de aprendizagem inovadoras e na formação de professores. Só um sistema educativo sólido garantirá um futuro promissor para as jovens gerações africanas.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *