Os candidatos à presidência da República Democrática do Congo, Moïse Katumbi Chapwe, Martin Fayulu Madidi, Denis Mukwege Mukengere e outros, rejeitaram por unanimidade os resultados da votação de 20 de dezembro de 2023, apelando ao cancelamento total das eleições devido às irregularidades observado. A sua posição provocou numerosas reacções no cenário sócio-político congolês.
No entanto, Guy Mafuta Kabongo, eleito em Tshikapa e candidato nas eleições de 2023, opôs-se a esta abordagem. Segundo ele, o baixo índice de irregularidades não justifica o cancelamento das eleições. Ressalta que de um milhão ou cem mil mesas de voto, apenas duas tiveram problemas, o que não põe em causa a regularidade ou legalidade de todas as votações. Segundo ele, devemos avaliar a proporção destas denúncias e considerar que num território tão vasto como o Congo, 20 a 25 casos isolados de irregularidades não justificam a anulação de todas as urnas.
O Sr. Guy Mafuta Kabongo saúda a determinação da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) e sublinha que o essencial foi alcançado. Reconhece o rigor do trabalho realizado pela CENI e apela ao respeito pela escolha da população.
No entanto, considera que estas irregularidades devem servir de lições para melhorar os futuros ciclos eleitorais. Em particular, sugere a utilização de software para validação do voto apenas após apresentação do cartão de eleitor, para evitar fraudes. Ressalta que apesar dessas irregularidades, o trabalho foi feito e que a CENI merece ser parabenizada pelo seu trabalho em condições difíceis.
A publicação dos resultados provisórios das eleições presidenciais está marcada para este domingo, 31 de dezembro. Félix Tshisekedi está na liderança de acordo com os números parciais comunicados e está bem posicionado para um segundo mandato presidencial de cinco anos.
Terá então início a fase de contencioso perante o Tribunal Constitucional e o novo Presidente tomará posse em 20 de janeiro de 2024.
Esta rejeição dos resultados das eleições presidenciais e as reacções resultantes demonstram a complexidade da situação política na República Democrática do Congo. É essencial acompanhar de perto a evolução desta situação e as decisões tomadas pelos actores políticos e pelas instituições relevantes.