As eleições gerais que tiveram lugar na República Democrática do Congo (RDC) em 20 de Dezembro continuam a atrair a atenção. A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) continua a publicar as tendências presidenciais, proporcionando assim transparência e uma medida da veracidade das urnas.
Segundo Jean Baptiste Itipo, diretor de comunicação do CENI, este método de publicação permite que todos os atores envolvidos, como testemunhas dos candidatos, observadores e imprensa, julguem o trabalho realizado pelo CENI. É importante que os resultados publicados correspondam à realidade nas urnas e esta transparência desempenha um papel fundamental neste processo.
A CENI também criou vários centros locais para compilação de resultados em todo o país. Uma vez compilados todos os resultados, a CENI publicará os resultados provisórios das eleições, que serão posteriormente analisados pelo Tribunal Constitucional.
No entanto, a oposição critica a condução das eleições e apela ao seu cancelamento e reorganização. No entanto, alguns movimentos de cidadãos e missões de observação consideram que as irregularidades observadas não põem em causa a integridade do processo eleitoral.
Neste contexto, a missão de observação das igrejas católica e protestante, que tinha manifestado críticas significativas à condução das eleições, prepara-se para publicar o seu relatório preliminar para expor as suas observações.
É óbvio que as eleições na RDC provocam um debate intenso e apaixonado. A transparência e a validade do processo eleitoral são elementos essenciais para preservar a confiança do povo congolês e dos actores internacionais. Aguardamos com expectativa a publicação dos resultados provisórios e a análise do Tribunal Constitucional para termos uma visão clara do resultado destas eleições históricas para a RDC.