Novo trovão na Argentina: o governo de Javier Milei continua a sua política ultraliberal ao propor um polêmico projeto de lei, declarando o país em “estado de emergência” em vários setores. Este texto, composto por 664 artigos, pretende dar mais poder ao executivo ao mesmo tempo que abre caminho à privatização das empresas públicas e restringe o direito de manifestação.
Intitulado “lei básica e pontos de partida para a liberdade dos argentinos”, este projeto suscita fortes reações na população. Milhares de cidadãos saíram às ruas de Buenos Aires para demonstrar o seu descontentamento com esta nova ofensiva ultraliberal do governo.
Este texto prevê, nomeadamente, a privatização de cerca de quarenta empresas públicas, bem como medidas destinadas a restringir o direito de manifestação. Segundo o Presidente Milei, qualquer reunião de três ou mais pessoas será considerada uma manifestação punível com penas de prisão se obstruir a liberdade de circulação ou a prestação de serviços públicos.
Além destas medidas económicas e sociais, o projecto de lei também propõe uma modificação do sistema eleitoral que eliminaria as primárias dos partidos políticos. Também seria considerada uma reestruturação da Câmara dos Deputados, favorecendo assim as forças políticas do presidente Milei.
Esta ofensiva ultraliberal do governo argentino levanta sérias preocupações sobre o futuro do país e o equilíbrio de poderes. Alguns observadores acreditam que este desejo de acumular mais poder por parte do executivo põe em causa os princípios democráticos e a própria ideia de que só o presidente encarna a vontade do povo.
Perante estas medidas impopulares, a oposição argentina e parte da sociedade civil mobilizam-se para fazer ouvir a sua voz e defender os seus direitos. As manifestações e vozes de descontentamento aumentam no país, demonstrando profundo desacordo com as escolhas políticas do governo.
O resultado desta situação permanece incerto. Se o governo argentino parecer determinado a continuar a sua política ultraliberal, terá de enfrentar uma oposição cada vez mais forte e uma população que aspira a mais justiça social e respeito pelos direitos fundamentais.
Concluindo, a situação na Argentina é marcada por um polêmico novo projeto de lei que declara o país em “estado de emergência” e abre caminho para mais privatizações e restrições às liberdades. Perante esta política ultraliberal, a população mobiliza-se e manifesta o seu descontentamento nas ruas. O futuro do país permanece incerto, mas uma coisa é certa: o debate sobre o modelo económico e social da Argentina está longe de terminar.