O presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) da República Democrática do Congo (RDC), Dénis Kadima Kazadi, reagiu recentemente às críticas e acusações relativas aos incidentes e irregularidades ocorridos durante a votação. Numa entrevista aos meios de comunicação locais, sublinhou que os actores políticos também têm alguma responsabilidade por estes acontecimentos controversos.
Dénis Kadima disse que as urnas foram espetacularmente danificadas na frente de todos, impossibilitando a recuperação dos dados. Além disso, os agentes da CENI foram processados, o que complicou o seu trabalho no terreno. Segundo ele, não são os membros da CENI os responsáveis por esses atos de sabotagem, mas sim os políticos que estão por trás dessas ações.
Mencionou também as dificuldades encontradas pelos agentes da CENI para retornar aos seus escritórios após a votação, devido aos ataques de que foram vítimas. Dependendo das conclusões das investigações em curso, alguns resultados poderão até ser cancelados se forem considerados não conformes com os testes realizados nas máquinas de votação.
O actual processo eleitoral na RDC é fortemente criticado pela oposição, que denuncia irregularidades e falhas durante a votação. Os resultados publicados pelo CENI, dando vantagem a Félix Tshisekedi, são contestados. Uma manifestação da oposição também está prevista para quarta-feira, 27 de dezembro.
É evidente que o processo eleitoral na RDC está marcado por controvérsias e irregularidades. É essencial que sejam realizadas investigações minuciosas para determinar a veracidade das acusações e garantir a transparência e integridade das eleições. Os resultados devem basear-se em dados fiáveis e é importante que os intervenientes políticos assumam a responsabilidade neste processo.
A oposição tem um papel essencial a desempenhar na garantia da verdadeira democracia na RDC. É crucial que as vozes da oposição sejam ouvidas e que as preocupações dos cidadãos sejam tidas em conta. A manifestação prevista para quarta-feira, 27 de Dezembro, é uma oportunidade para a oposição fazer ouvir a sua voz e exigir reformas eleitorais para o futuro.
Em conclusão, é claro que as eleições na RDC enfrentam muitos desafios. É dever de todos os intervenientes políticos e da sociedade civil trabalhar em conjunto para garantir eleições livres, justas e transparentes. Respeitar a vontade do povo congolês é crucial para o futuro democrático do país.