As eleições na RDC: uma gigantesca desordem organizada segundo o Arcebispo de Kinshasa

As eleições gerais que tiveram lugar na República Democrática do Congo no dia 20 de Dezembro provocaram fortes reacções e foram objecto de numerosas críticas. Entre as vozes que se levantaram para denunciar os problemas encontrados durante este processo eleitoral, destaca-se a do Arcebispo Metropolitano de Kinshasa, Fridolin Ambongo.

Na homilia proferida durante a missa de Natal, o Cardeal Ambongo denunciou uma “gigantesca desordem organizada” durante as eleições. Segundo ele, os acontecimentos ocorridos e os elementos que lhe foram relatados testemunham um planejamento orquestrado para semear o caos. As eleições, que deveriam ter sido uma celebração dos valores democráticos, transformaram-se rapidamente numa frustração para muitos cidadãos.

O arcebispo também mencionou imagens chocantes que mostram uma mulher linchada após defender as ideologias de um adversário político. Esta violência inaceitável levanta questões sobre a imagem que a RDC projecta a nível internacional e questiona como é que o país pode afundar tanto.

As igrejas católica e protestante enviaram uma missão de observação composta por 25 mil pessoas para monitorar e tabular paralelamente os votos, a fim de garantir que a escolha dos eleitores fosse respeitada pela Comissão Eleitoral. Esta iniciativa demonstra a importância dada à transparência e à verificação dos resultados.

É essencial retirar lições destas eleições e trabalhar para melhorar o processo eleitoral na RDC. Os acontecimentos recentes sublinham a importância de garantir um processo eleitoral transparente, democrático e justo, a fim de evitar a repetição de situações semelhantes.

Cabe agora às autoridades congolesas, à Comissão Eleitoral e à classe política tomar as medidas necessárias para restaurar a confiança dos cidadãos e garantir eleições livres e justas no futuro.

É essencial promover uma cultura democrática forte e implementar as medidas necessárias para prevenir qualquer desordem e violência durante as próximas eleições na República Democrática do Congo. A estabilidade política e a confiança das pessoas são os alicerces de uma nação próspera e pacífica.

As eleições na RDC continuam a ser uma questão importante para o futuro do país e é imperativo que trabalhemos em conjunto para garantir um processo eleitoral transparente e credível, que reflita verdadeiramente a voz do povo congolês.

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