A antiga presidente de transição da República Centro-Africana, Catherine Samba-Panza, que recentemente liderou a missão de observação eleitoral na República Democrática do Congo, publicou um relatório preliminar de avaliação do processo eleitoral. Neste relatório, ela destacou os obstáculos que dificultaram a participação das mulheres no processo eleitoral.
Segundo o relatório, vários factores contribuíram para esta situação. Em primeiro lugar, as questões socioculturais desempenharam um papel importante. As normas e expectativas sociais podem limitar a participação das mulheres na esfera política. Além disso, as preocupações com a segurança também têm sido um obstáculo significativo. Em algumas regiões, o clima de insegurança dissuadiu as mulheres de irem às assembleias de voto. Finalmente, o acesso limitado aos recursos financeiros também foi um factor determinante. As mulheres enfrentam frequentemente dificuldades no financiamento das suas campanhas eleitorais, o que limita as suas hipóteses de concorrer como candidatas.
No entanto, o relatório também destaca que foram feitos progressos desde 2018. A percentagem de mulheres candidatas a cargos públicos aumentou, embora ainda seja insuficiente. Os partidos políticos ainda precisam de fazer mais esforços para garantir a paridade de género nas suas listas de candidatos.
Catherine Samba-Panza saudou o crescente envolvimento das mulheres no processo eleitoral, mas sublinhou que ainda há muito trabalho a fazer para alcançar uma representação verdadeiramente igualitária. Ela sublinhou a importância de sensibilizar e educar a população sobre a importância da participação das mulheres na vida política, bem como os benefícios de uma representação equilibrada.
O relatório da missão de observação do Carter Center destaca os desafios que as mulheres enfrentam quando procuram participar activamente no processo eleitoral. Apela a medidas concretas para superar estes obstáculos e promover uma maior participação das mulheres na vida política.
Concluindo, é essencial reconhecer e superar os obstáculos que desencorajam a participação das mulheres no processo eleitoral. A paridade de género na vida política é uma questão crucial para garantir uma representação justa e uma tomada de decisões democrática. É hora de agir e implementar as medidas necessárias para encorajar e apoiar a participação activa das mulheres na esfera política.