A França anuncia o encerramento da sua embaixada no Níger, evidenciando assim a deterioração das relações entre os dois países desde o golpe de estado de 26 de julho de 2023. Esta decisão extremamente rara reflete o crescente episódio de ruptura entre Paris e Niamey.
O primeiro grande incidente ocorreu poucos dias depois do golpe, com o ataque à embaixada francesa. Na sequência, a junta do Conselho Nacional para a Restauração da Democracia (CNRD) exigiu a saída do embaixador francês, pedido que Paris rejeitou. Como resultado, a embaixada francesa foi bloqueada pelas forças de defesa e segurança do Níger, impedindo o embaixador de sair ou receber homólogos. Esta situação levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a considerar o embaixador como refém.
Finalmente, o Embaixador Sylvain Itté deixou o Níger no final de Setembro de 2023. A partir de agora, o pessoal da embaixada local será compensado antes de ser despedido. Ao mesmo tempo, todas as tropas francesas presentes no Níger deveriam ter deixado o país até 22 de dezembro, segundo declarações do regime militar.
Este encerramento da embaixada francesa no Níger é um acontecimento importante que sublinha a extensão da ruptura entre os dois países. As consequências diplomáticas e políticas desta decisão ainda são incertas, mas é claro que as relações franco-nigerianas estão agora mais tensas do que nunca.
Ao mesmo tempo, é importante sublinhar que esta decisão afecta também os cidadãos nigerianos que dependiam dos serviços consulares franceses para diversos procedimentos administrativos. O encerramento da embaixada poderá ter impacto no comércio e na cooperação entre os dois países. É, portanto, crucial acompanhar de perto a evolução desta situação e ver como os dois governos trabalharão para restaurar relações mais construtivas no futuro.
A decisão de encerrar a embaixada francesa no Níger marca um ponto de viragem significativo nas relações bilaterais e reflecte as actuais tensões políticas. É essencial que ambos os países demonstrem diálogo e diplomacia para superar estas diferenças e encontrar soluções mutuamente benéficas.