Eleições gerais na República Democrática do Congo: um processo contestado mas monitorizado
No dia 20 de Dezembro, a República Democrática do Congo (RDC) prepara-se para organizar as suas eleições gerais. No entanto, este processo eleitoral está longe de ser incontestado. Desde o início, surgiram tensões, nomeadamente com a criação da equipa de gestão da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) e do Tribunal Constitucional.
Parte da oposição, composta por membros do antigo partido no poder liderado por Joseph Kabila, decidiu não participar no processo eleitoral. Apesar disso, os quadros políticos estão a mobilizar-se para monitorizar as eleições. Tendo isto em mente, a plataforma de organizações da sociedade civil Actuando por eleições transparentes e pacíficas (AETA) forma formadores de testemunhas.
O objetivo desta formação é garantir a credibilidade, transparência e serenidade do processo eleitoral. As testemunhas dos partidos políticos desempenharão um papel crucial na monitorização do progresso das operações de votação e contagem. A sua presença é essencial para garantir a autenticidade dos resultados. É, portanto, essencial que estas testemunhas compreendam plenamente os seus direitos e deveres como representantes dos concorrentes políticos.
O treinamento também inclui aspectos técnicos necessários para evitar disputas. Os formadores explicam, em particular, como calcular o limite de elegibilidade e como atribuir lugares. É fundamental que as testemunhas compreendam as questões e aspectos a ter em conta num centro de votação, pois estarão presentes quando os candidatos não puderem estar.
Estas eleições gerais na RDC são especiais porque, além das eleições presidenciais e das eleições legislativas nacionais e provinciais, o país organiza pela primeira vez eleições municipais e de vereadores. Além disso, os congoleses no estrangeiro também terão a oportunidade de votar em cinco países: Estados Unidos, França, Canadá, Bélgica e África do Sul.
Apesar dos protestos e das tensões, a monitorização eleitoral e a formação de testemunhas são passos essenciais para garantir um processo eleitoral transparente e legítimo na RDC. Esperemos que estas eleições gerais reforcem a democracia e conduzam o país para um futuro melhor.
Fontes:
– Artigo “A República Democrática do Congo prepara-se para organizar eleições gerais em 20 de dezembro” – Fatshimetry.org
– Artigo “Para que as nossas eleições sejam credíveis, transparentes e pacíficas” – Fatshimetry.org