Notícias recentes: a retirada de um parceiro fundamental para os observadores eleitorais na RDC
Em entrevista ao ACTUALITE.CD, Cyril Ebotoko, gestor de programa da comissão de justiça e paz do CENCO, e Patrick Ntambwe, gestor de parcerias e reformas da Sinergia de missões de observação eleitoral de cidadãos (Symocel), manifestam o seu pesar pela retirada de um importante parceiro da República Democrática do Congo (RDC).
Cyril Ebotoko sublinha a importância das relações entre a RDC e a União Europeia (UE) em muitas áreas, incluindo a diplomacia. Ele acredita, portanto, que deveria ter sido encontrado um compromisso para o envio de observadores para certas províncias da RDC, a fim de preservar as relações bilaterais.
Por seu lado, Patrick Ntambwe diz-se surpreendido com esta decisão e acredita que poderá pôr em causa a credibilidade do actual processo eleitoral. No entanto, continua confiante na missão dos restantes observadores ainda presentes para acompanhar a CENI, enfatizando a sua credibilidade e a sua experiência durante as eleições anteriores.
Apesar desta desistência, os dois peritos eleitorais manifestam a sua confiança na CENI e na efetiva realização das eleições de 20 de dezembro.
Num comunicado de imprensa, a UE anunciou a sua incapacidade de enviar os seus observadores por todo o país devido a restrições técnicas, mas disse que estava pronta para observar as eleições em Kinshasa. O governo congolês tomou nota desta decisão, qualificando-a de unilateral, e afirmou estar aberto a qualquer proposta de missões de observação que favoreça a organização de eleições em conformidade com os regulamentos e leis do país.
É fundamental sublinhar a importância da presença de observadores para garantir a transparência e a legitimidade dos processos eleitorais. Apesar da retirada de um parceiro fundamental, é encorajador ver que outras missões de observação estão prontas para cumprir este papel e apoiar a realização de eleições na RDC.
A situação eleitoral na RDC terá, portanto, de ser acompanhada de perto nas próximas semanas, e resta esperar que o processo decorra de forma pacífica, transparente e democrática.