“Eleições presidenciais em Madagáscar: O Supremo Tribunal Constitucional enfrenta um grande desafio”

Em Madagáscar, o Supremo Tribunal Constitucional enfrenta um grande desafio: a confirmação da vitória de Andry Rajoelina, presidente reeleito na primeira volta das eleições. No entanto, a instituição está sobrecarregada com quinze petições apresentadas por diferentes candidatos contestando os resultados. Entre esses pedidos, nove partem do opositor Siteny Randrianasoloniaiko, enquanto os outros seis partem do próprio presidente cessante.

Segundo a equipe de Andry Rajoelina, as irregularidades ocorreram dentro dos locais de votação. Lalatiana Rakotondrazafy, porta-voz da campanha do presidente cessante, afirma que a sua vitória é mais ampla do que a anunciada pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (Céni). Ela salienta que algumas votações são surpreendentes porque mostram zero votos para o seu candidato, embora os seus delegados tivessem votado a seu favor. Ela sugere que essas irregularidades podem ser resultado da corrupção de alguns delegados por outros candidatos.

Por seu lado, o campo do opositor Siteny Randrianasoloniaiko também apresentou pedidos, visando nomeadamente a anulação e contestação dos resultados. Eles também acusam o presidente cessante de compra flagrante de votos antes da votação. Maître Andry Fiankinana, advogado do opositor, afirma que estes pedidos confirmam todas as irregularidades apontadas pelos observadores nacionais e pela sociedade civil.

É interessante notar que o observatório da sociedade civil Safidy optou por não apresentar o pedido, alegando receio de represálias contra os seus agentes. Esta decisão destaca as questões e pressões que rodeiam estas eleições.

Os juízes do Supremo Tribunal Constitucional começaram a examinar as quinze petições em audiência pública. Apesar do grande número, o secretário-geral da instituição quer ser tranquilizado quanto ao cumprimento dos prazos de publicação dos resultados.

Esta situação demonstra a importância de garantir a integridade e a transparência das eleições para preservar a confiança dos cidadãos no processo democrático. É essencial que o Supremo Tribunal Constitucional examine estes pedidos de forma rigorosa e imparcial, a fim de tomar uma decisão justa e equitativa.

Em conclusão, as eleições presidenciais em Madagáscar ainda estão longe de terminar. As quinze petições apresentadas ao Supremo Tribunal Constitucional levantam sérias preocupações sobre a validade dos resultados. É essencial que a instituição realize uma avaliação cuidadosa e imparcial para preservar a integridade do processo democrático.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *