A crise migratória entre a Finlândia e a Rússia: tensões crescentes e medidas restritivas para controlar a chegada de migrantes

A crise migratória entre a Finlândia e a Rússia continua a ser manchete internacional. Desde o início de Agosto, mais de 700 requerentes de asilo entraram na Finlândia sem visto através da fronteira com a Rússia, o que levou Helsínquia a tomar medidas mais restritivas. Assim, o governo finlandês decidiu manter aberta apenas uma passagem fronteiriça, a passagem Raja-Jooseppi, a fim de controlar melhor a chegada de migrantes.

No entanto, as tensões persistem entre os dois países. Helsínquia acusa as autoridades russas de organizarem este afluxo de migrantes de forma sistemática e organizada. Os requerentes de asilo que se apresentam na fronteira são principalmente provenientes do Médio Oriente e de África, particularmente do Iraque, da Somália e do Iémen. De acordo com o governo finlandês, é claro que intervenientes estrangeiros estão envolvidos na facilitação da sua entrada no território finlandês, incluindo a criminalidade internacional.

Esta crise migratória representa uma ameaça real à segurança nacional da Finlândia, bem como à ordem pública. O primeiro-ministro finlandês sublinha que a instrumentalização da migração é uma tentativa de influenciar a situação interna e a segurança das fronteiras do país, mas também da União Europeia como um todo. A decisão de encerrar passagens de fronteira adicionais é uma medida necessária para enfrentar esta crise, mesmo que subsistam desafios.

Esta situação também faz lembrar a crise migratória na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, onde a Polónia acusa a Rússia e a Bielorrússia de estarem por detrás do aumento do número de migrantes que procuram entrar na UE. A recente adesão da Finlândia à OTAN também aumentou as tensões com Moscovo, que prometeu tomar contramedidas. A Finlândia decidiu, portanto, reforçar a sua fronteira através da construção de uma cerca de 200 km, para evitar quaisquer tentativas de migração russa.

É importante sublinhar que a gestão desta complexa crise migratória exige esforços de cooperação internacional e uma abordagem comum entre os países em causa. A Finlândia e a Rússia devem encontrar soluções diplomáticas para resolver esta crise e evitar potenciais escaladas perigosas.

Em resumo, a crise migratória entre a Finlândia e a Rússia continua a intensificar-se, com medidas mais restritivas tomadas por Helsínquia para controlar a chegada de migrantes à sua fronteira. As acusações da Finlândia contra a Rússia e a criminalidade internacional relativamente à organização deste afluxo de migrantes são preocupantes. A cooperação internacional e uma abordagem diplomática são necessárias para resolver esta crise e evitar o aumento das tensões entre os dois países.

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