“Costa do Marfim: Entrevista com o Ministro do Interior sobre CAN 2024, a relação com Burkina Faso e o regresso de Guillaume Soro”

As notícias da Costa do Marfim foram marcadas nos últimos dias pela visita a França do Ministro do Interior e da Segurança, Vagondo Diomandé. Nesta ocasião, concedeu uma entrevista à RFI, na qual abordou vários temas da actualidade, incluindo o próximo Campeonato Africano das Nações que se realizará na Costa do Marfim em Janeiro de 2024.

O Ministro Diomandé saúda a organização deste grande evento na Costa do Marfim, destacando os significativos investimentos realizados para a modernização das infra-estruturas desportivas e a garantia de uma segurança óptima para jogadores e adeptos. Destaca ainda a importância deste concurso para a imagem do país e a sua influência no cenário internacional.

Outro tema discutido na entrevista é a relação por vezes complexa com o vizinho Burkina Faso. O ministro falou sobre os desafios de segurança que os dois países enfrentam e a necessidade de reforçar a cooperação na luta contra o terrorismo. Apesar das tensões passadas, Vagondo Diomandé diz estar optimista quanto ao futuro das relações entre a Costa do Marfim e o Burkina Faso.

Mas é sobretudo a questão do regresso do antigo primeiro-ministro da Costa do Marfim, Guillaume Soro, que chama a atenção. Condenado pelos tribunais da Costa do Marfim e actualmente no exílio, Soro manifestou o desejo de regressar ao seu país. A este respeito, o Ministro Diomandé afirma que Soro é livre de regressar à Costa do Marfim sempre que desejar, desde que cumpra o procedimento legal em vigor. Enfatiza também que o sistema de justiça da Costa do Marfim é independente e que Soro deve responder pelas acusações contra ele.

Esta entrevista com o Ministro Vagondo Diomandé fornece uma atualização sobre várias questões atuais na Costa do Marfim. Destaca o desejo do governo da Costa do Marfim de reforçar a segurança, acolher eventos internacionais e gerir os desafios regionais. Recorda também a importância do respeito pela justiça e pela legalidade para todos os intervenientes políticos costa-marfinenses, independentemente do seu estatuto.

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